quarta-feira, 17 de março de 2010

O segredo das mulheres no banheiro


(me vi nesse texto)

O grande segredo de todas as mulheres com relação aos banheiros é que quando pequenas, quem as levava ao banheiro era sua mãe. Ela ensinava a limpar o assento com papel higiênico e cuidadosamente colocava tiras de papel no perímetro do vaso e instruía:
"Nunca, nunca sente em um banheiro público"


E, em seguida, mostrava "a posição", que consiste em se equilibrar sobre o vaso numa posição de sentar sem que, no entanto, o corpo não entre em contato com o vaso.

"A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, super importante e necessária, e irá nos acompanhar por toda a vida. No entanto, ainda hoje, em nossa vida adulta, "a posição" é dolorosamente difícil de manter quando a bexiga está estourando.

Quando você TEM que ir ao banheiro público, você encontra uma fila de mulheres, que faz você pensar que o Bradd Pitt deve estar lá dentro. Você se resigna e espera, sorrindo para as outras mulheres que também estão com braços e pernas cruzados na posição oficial de "estou me mijando".

Finalmente chega a sua vez, isso, se não entrar a típica mamãe com a menina que não pode mais se segurar.
Você, então verifica cada cubículo por baixo da porta para ver se há pernas.
Todos estão ocupados.
Finalmente, um se abre e você se lança em sua direção quase puxando a pessoa que está saindo.
Você entra e percebe que o trinco não funciona (nunca funciona); não importa... você pendura a bolsa no gancho que há na porta e se não há gancho (quase nunca há gancho), você inspeciona a área.. o chão está cheio de líquidos não identificados e você não se atreve a deixar a bolsa ali, então você a pendura no pescoço enquanto observa como ela balança sob o teu corpo, sem contar que você é quase decapitada pela alça porque a bolsa está cheia de bugigangas que você foi enfiando lá dentro, a maioria das quais você não usa, mas que você guarda porque nunca se sabe...

Mas, voltando à porta...

Como não tinha trinco, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto, com a outra, abaixa a calcinha com um puxão e se coloca "na posição".

Alívio...... AAhhhhhh.....finalmente...

Aí é quando os teus músculos começam a tremer ...

Porque você está suspensa no ar, com as pernas flexionadas e a calcinha cortando a circulação das pernas, o braço fazendo força contra a porta e uma bolsa de 5 kg pendurada no pescoço. Você adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o assento nem de cobrir o vaso com papel higiênico. No fundo, você acredita que nada vai acontecer, mas a voz de tua mãe ecoa na tua cabeça "jamais sente em um banheiro público!!!" e, assim, você mantém "a posição" com o tremor nas pernas...

E, por um erro de cálculo na distância, um jato finíssimo salpica na tua própria bunda e molha até tuas meias!! Por sorte, não molha os sapatos. Adotar "a posição" requer grande concentração. Para tirar essa desgraça da cabeça, você procura o rolo de papel higiênico, maaassss, puuuuta que o pariuuuu...! O rolo está vazio...! (sempre)

Então você pede aos céus para que, nos 5kg de bugigangas que você carrega na bolsa, haja pelo menos um miserável lenço de papel. Mas, para procurar na bolsa, você tem que soltar a porta. Você pensa por um momento, mas não há opção...

E, assim que você solta a porta, alguém a empurra e você tem que freiá-la com um movimento rápido e brusco enquanto grita OCUPAAADOOOO!!!

Aí, você considera que todas as mulheres esperando lá fora ouviram o recado e você pode soltar a porta sem medo, pois ninguém tentará abrí-la novamente (nisso, as mulheres nos respeitamos muito) e você pode procurar teu lenço sem angústia. Você gostaria de usar todos, mas quão valiosos são em casos similares e você guarda um, por via das dúvidas. Você então começa a contar os segundos que faltam para você sair dali, suando porque você está vestindo o casaco já que não há gancho na porta ou cabide para pendurá-lo. É incrível o calor que faz nestes lugares tão pequenos e nessa posição de força que parece que as coxas e panturrilhas vão explodir. Sem falar da porrada que você levou da porta, a dor na nuca pela alça da bolsa, o suor que corre da testa, as pernas salpicadas...

A lembrança de tua mãe, que estaria morrendo de vergonha se te visse assim, porque sua bunda nunca tocou o vaso de um banheiro público, porque, francamente, "você não sabe que doenças você pode pegar ali"

... você está exausta. Ao ficar de pé você não sente mais as pernas. Você acomoda a roupa rapidíssimo e tira a alça da bolsa por cima da cabeça!...

Você, então, vai à pia lavar as mãos. Está tudo cheio de água, então você não pode soltar a bolsa nem por um segundo. Você a pendura em um ombro, e não sabendo como funciona a torneira automática, você a toca até que consegue fazer sair um filete de água fresca e estende a mão em busca de sabão. Você se lava na posição de corcunda de notre dame para não deixar a bolsa escorregar para baixo do filete de água... O secador, você nem usa. É um traste inútil, então você seca as mãos na roupa porque nem pensar usar o último lenço de papel que sobrou na bolsa para isso.
Você então sai. Sorte se um pedaço de papel higiênico não tiver grudado no sapato e você sair arrastando-o, ou pior, a saia levantada, presa na meia-calça, que você teve que levantar à velocidade da luz, e te deixou com a bunda à mostra!
Nesse momento, você vê o teu carinha que entrou e saiu do banheiro masculino e ainda teve tempo de sobra para ler um livro enquanto esperava por você.
"Por que você demorou tanto?" pergunta o idiota.
Você se limita a responder "A fila estava enorme"
E esta é a razão porque as mulheres vamos ao banheiro em grupo. Por solidariedade, já que uma segura a tua bolsa e o casaco, a outra segura a porta e assim fica muito mais simples e rápido já que você só tem que se concentrar em manter "a posição" e a dignidade.

Obrigada a todas as amigas que já me acompanharam ao banheiro.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Paixão antiga sempre mexe com a gente...


Sabe aqueles dias em que tudo parece te colocar mais e mais pra baixo?
A roupa que você gosta tanto não cabe mais, seu cabelo nem preso, nem solto, o espelho te condena... ahhhh
De repente aquele carinha de tantos anos atrás (coloque anos nisso!) aparece para conversar virtualmente com você.
Conversa saudável com aqueles questionários imensos sobre nossas famílias onde não se deixa de fora nem o porquinho da índia que vivia na gaiola.
Mas sabe como é, sexta feira, dez da noite, me sentindo na fortaleza da solidão sem o Super Man... tchan, tchan, tchan!!!! O cara começa a lembrar de coisas do tipo: as roupas que você usava, o jeito de pentear os seus cabelos... e o seu ego vai sendo massageado, começa a acreditar que é um mulherão, ou que pelo menos foi, dá uma pausa nos pensamentos para se perguntar se ele virou gay, mas logo você aperta o play novamente para ouvi-lo falar de seus lábios carnudos onde ele costuma se perder em ardentes beijos, suas pernas...
Pinta aquela vontade lá no fundo de rir do sujeito, porque as roupas que ficaram na mente dele, não sobem nem mais em seus tornozelos, os lábios continuam carnudos como todo o resto do corpo (e põe carne nisso!!!). Ahhh as minhas pernas (rssss) se eles as visse agora. Estão parecendo as de um carangueijo.
Já eram duas da madruga e encerramos o nosso bate papo.
Fui dormir com saudades de mim.
Há duas semanas atrás, estou acordando às cinco da manhã para caminhar.
Faço ginástica.
Aderi uma alimentação saudável.Não que eu pense em marcar um encontro. Mas vai daí que a gente se cruze qualquer dia em uma curva do caminho?O mais importante não é que ele se lembre de mim, mas que eu me reconheça na frente do espelho e me ame cada vez mais, com quilinhos a menos ou a mais.

Cris M C Ramos

sexta-feira, 5 de março de 2010

Lei do 80/20


Hoje ouvi uma teoria sobre a fidelidade dentro do casamento: Lei do 80/20.
80% é o que o seu companheiro (a) vai ser para você. É o máximo que conseguirá ser. Os outros 20% são destinados aos amantes. Eles são os donos dessa pequena parte.
20% é a porcentagem que compreende as massagens
nos pés (demoradas), aos beijos de língua, à transa escondida... àquele ai, ui, me joga na parede, me chama de lagartixa, muitas mãos para todos os lados. Sem falar naquela pegada que abala as estruturas de qualquer um.
"Que seja infinito enquanto não vaza, enquanto não jogam no ventilador... enquanto dure?
O risco que se corre, no final, talvez não vá valer a pena.
A perda é sempre de 80%, podendo gerar até falência.
Aí, você tem que se contentar só com os 20%, encontrados em qualquer esquina, em qualquer lugar, que acabam se gastando com o tempo (curto prazo).
Interessante essa teoria. Nunca tinha visto as coisas por esse lado.
Agora, olho todos os meus "ex" com um certo ar de pena em saber que eles andam por aí com apenas 20%.
E viva a matemática!!!!

Cris M C Ramos