“Apesar de toda comoção da última hora, ele olhou para ela e
fechou os olhos, com a súbita certeza de que o que estava fazendo naquele
momento era a única razão de estar nesse mundo. Amar outra pessoa... Então,
enquanto a olhava fixamente através de milhares de lágrimas, ele se apaixonou
perdidamente e já não desejava nada além de abraçá-la e de mantê-la em
segurança para sempre. Será que de fato era possível amar alguém à primeira
vista? Sentado na sala de estar ele se fez de novo a pergunta. Devia ser a
centésima vez.”
Jeremy Marsh tinha três certezas: jamais se mudaria de
Nova
York, não se apaixonaria e nunca teria filhos. Prestes a se casar com a
misteriosa Lexie Darnell, aguardando a chegada de sua primeira filha, envolvido
com as reformas de sua nova casa, vivendo uma crise criativa, não podia
imaginar que o melhor ainda estaria por vir.
O livro “À primeira vista”, Nicholas Sparks captura toda a
incerteza, a tensão e as angústias de um jovem casal, retratando também o romantismo,
o companheirismo, a descoberta e o amadurecimento que só o verdadeiro amor pode
proporcionar.
Alguns acreditam serem os olhos o único caminho para o coração,
outros que é um leitor ou uma espécie de monitor onde se assiste toda a alma...
Um olhar traz consigo uma bagagem de passado, de histórias, de esperanças e
expectativas. Um mundo ainda a ser desvendado, descoberto, no interior de nós
mesmos.
“Quando te vi, senti que já nos conhecíamos há tempos. A
minha alma reconheceu a tua no momento em que meus olhos encontraram os seus”.
Amor à primeira vista existe sim e vai muito além do olhar.
É coisa de alma, de essência, de encontro. É a sensação boa de se ter
finalmente chegado em casa.
Cris M. C. Ramos