Lembrei-me de Lena essa semana. Aliás, sempre lembro dela.
Acho que é saudade.
Acho que é saudade.
Lena, mãe de cinco filhos, alimentava a todos eles, mais o marido e a si mesma com apenas trezentos gramas de carne moída.
Havia uma fartura naquele lar, apesar da comida regrada.
Lena era farta de amor que se multiplicava em cada grão, em cada leiteira de leite fervido, no bolo que crescia mais do que se era esperado, no cheiro bom da roupa limpa secando no varal e nas esticadas por sobre o mato para clarear.
Havia em Lena uma fartura de sorriso, de otimismo, de desejo de aprender que se multiplicava e contagiava.
Lena era uma pequena gota do amor do Criador, que transbordava em quem a conhecesse.
Mulher linda, nordestina, guerreira, que edificava o lar em cada gesto, em cada abraço, nas correções dadas em cada filho que amava e sobre aqueles que a vida trazia para perto, pois podia ser mãe de todos - filhos agregados.
Lena foi uma referência de amor em minha vida e na de todos que tiveram o privilégio de a conhecer.
Talvez o mundo de hoje seja carente de mães, de mulheres como a Lena, que consertam uma vida no poder de um apertado e sincero abraço.
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